quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Exportador muda mix e se direciona ao mercado interno

As fabricantes de bens de consumo reduziram as exportações e priorizaram o mercado interno, incentivadas pelo aquecimento da demanda doméstica, principalmente a mais popular. Para atingir os clientes das classes C, D e até E, as empresas diversificaram a distribuição e adaptaram os produtos, reduzindo custos e preços. Com essa estratégia, as companhias recuperaram o patamar de produção que haviam perdido após a valorização do real. O movimento contribui para explicar a forte alta de 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006. Esse percentual é superior ao aumento de 5,4% do PIB do país, na mesma comparação.

A Docol é a maior exportadora de metais sanitários do país. As vendas no mercado externo foram prejudicadas pelo fortalecimento da moeda brasileira, que reduziu a lucratividade, e pela crise imobiliária nos Estados Unidos, que abalou a demanda. Os EUA são um dos principais mercados da Docol no exterior. "O crescimento do mercado brasileiro compensa a perda no mercado americano", diz Bertani. Segundo ele, a Docol ainda opera com folga na capacidade produtiva, porque ampliou suas instalações em 2000, apostando na exportação. Agora utiliza essa capacidade para atender ao mercado interno.

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