quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quero-Quero planeja faturar R$ 1 bilhão

Talvez não tão conhecido, o homecenter Quero-Quero no Rio Grande do Sul é quinta no ranking brasileiro, só atrás da C&C, Leroy Merlin e Telhanorte e Dicico e planeja faturar R$ 1 bilhão com a rede Fischer.

A onda de fusões e aquisições já chegou às varejistas do interior. Com sede no pequeno município de Santo Cristo, perto da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, a Lojas Quero- Quero acaba de adquirir a Fischer, rede de eletrodomésticos e móveis também gaúcha. A varejista já namorava a aquisição há três anos. Todas as 32 lojas da Fischer, que faturam por ano cerca de R$ 68 milhões por ano, estão em cidades onde a Quero-Quero ainda não estava presente. A incorporação faz parte dos planos de expansão traçados pelo diretor presidente executivo da Quero-Quero, Wilmar Hammerschmitt, atualmente o único acionista que possui um cargo executivo na rede, fundada por Tili Schoelzes há 40 anos. "Em 2008, queremos entrar para o time das empresas com R$ 1 bilhão de faturamento", afirmou Hammerschmitt, que projeta um crescimento de 20% neste ano, quando espera alcançar vendas de R$ 800 milhões. Além das 32 lojas adquiridas, outras 20 serão inauguradas, o que irá elevar para 160 o número total de pontos-de-venda da rede este ano. Além de eletrodomésticos e móveis, a Quero-Quero também comercializa material de construção, setor responsável por 50% do seu faturamento. Neste segmento, a varejista é quinta no ranking brasileiro, só atrás da C&C, Leroy Merlin e Telhanorte e Dicico. Depois de converter as lojas da Fischer ao seu modelo, a Quero-Quero espera elevar o faturamento dessas unidades para R$ 130 milhões ao ano. "Além da mudança do mix, vamos também oferecer produtos financeiros, um negócio onde a Quero-Quero também é forte", diz o presidente executivo. A rede possui sua própria financeira, mas um de seus ativos mais invejados é o cartão de crédito Quero-Quero. Emitido pela empresa, o cartão consegue dar bailes em bandeiras consagradas, como a Visa, na região onde a varejista atua. Segundo Hammerschmitt, atualmente a rede possui uma carteira de 1,5 milhão de cartões de crédito, que são aceitos em cerca de 12 mil estabelecimentos, em outras lojas inclusive. A rede Bompreço, do Nordeste, possuía um cartão semelhante, o HiperCard, que foi vendido para o Unibanco por uma soma polpuda em 2004. "Já fomos procurados por compradores mas não nos interesse vender a Quero-Quero", diz Wilmar Hammerschmitt. A regra vale para a rede e para a operação de cartão. Mas, ao que tudo indica, a varejista de Santo Cristo está preparada para eventuais grandes negócios e grandes tacadas, como um IPO ou uma associação. Na sua gestão, a Quero-Quero deixa para trás várias companhias bem mais famosas. A carteira de crédito, que é classificada pela Standard & Poor, recebeu a elevada nota "triple A", os seus balanços já são auditados há dois anos pela KPMG e a companhia adota sistemas de gestão que nem empresas bem maiores do que ela utilizam, como Scorecard, Six Sigma e EVA. Aos 55 anos, Hammerschmitt também já possui todo o processo de sucessão desenhado. Um executivo profissional, que está sendo formado, irá assumir o comando daqui seis anos. A companhia será ainda a primeira varejista no Brasil que adotará software de administração da SAP, no qual estão sendo investidos R$ 10 milhões. "Com isto, nós não teremos mais limites para crescer", diz Hammerschmitt. Fonte: Móveis de Valor/Valor Econômico

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