sexta-feira, 30 de novembro de 2007

'Boom' na construção foi sentido apenas por grandes varejistas

SÃO PAULO, 29 de novembro de 2007 - As pequenas e micro lojas de materiais para construção ainda não sentiram os efeitos do "boom" pelo qual a cadeia produtiva do setor está passando. A afirmação é do diretor da Universidade Corporativa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Natal Destro.
"Enquanto os grandes e médios varejistas comemoram um crescimento médio das vendas entre 7,2% e 8% no ano, os pequenos lojistas, aqueles localizados na periferia, crescem bem menos ou estão em estado vegetativo", ressalta.
Segundo Destro, um dos motivos é a dificuldade em oferece crédito. Há muitas opções de financiamentos por parte dos bancos, mas essa ferramenta se restringe as grandes redes. "A maior parte do déficit habitacional corresponde as famílias de baixa renda, entretanto, os lançamentos de empreendimentos que foram feitos neste ano atendem a classe média e média alta. Isso também ocorreu no segmento de materiais para construção. Foram lançados vários planos de financiamento das compras, mas apenas nas grandes redes onde o público C e D quase não tem acesso", disse.
Uma alternativa para facilitar as compras da população de baixa renda foi encontrada por pequenos lojistas que se associaram a Rede Construir, que conta com 200 lojas em oito estados brasileiros. A incitava surgiu na capital paulista em 1997 para tornar o pequeno varejo mais competitivo.
"Por meio da Rede Construir pequenos gestores compram material em grande quantidade e conseguem preços melhores, o que permite até parcelar o pagamento das compras dos nossos clientes em 10 vezes sem juros. Também conseguimos parcerias com financeiras para oferecer maiores prazos", explica o presidente da Rede Construir, Antonio Fappi.
Natal Destro e Antonio Fappi participaram hoje do Seminário GV - Varejo de Material de Construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo (SP). (Vanessa Stecanella - InvestNews)

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