terça-feira, 13 de novembro de 2007

Construção civil está aquecida em São Luís

SÃO LUÍS - Os sinais de investimentos na construção civil na capital maranhense são evidentes, embora não existam pesquisas que mostrem essas estatísticas. O otimismo, segundo empresários do segmento, vem sendo alicerçado por fatores como a economia local, alinhados à economia estável, queda de juros, prazos alongados de financiamento e oferta crescente de crédito, entre outros. A retomada do mercado maranhense atrai construtoras e incorporadoras de outros estados. Na lista, as paulistas Rossi Residencial e Cyrela, além da Gafisa, que chegou e firmou parceria com a maranhense Franere, há dois meses. Há ainda outras grandes incorporadoras que começam a explorar o bom momento do mercado maranhense, como a Abyara, Deckta e Impar.Embora o compartilhamento com corporações nacionais seja visto com bons olhos por alguns empresários, outros garantem que não há interesse em associar-se a essas grandes incorporações. Um exemplo é o empresário e presidente da construtora LN Construções Juraci Aparecido de Carvalho. Ele conta que, ao longo de 20 anos, a empresa se mantém no mercado de construções de imóveis horizontais (casas residenciais) de alto padrão. “Ao longo de vários anos, o nosso desafio tem sido contínuo em nossas ações no trabalho da construção civil com o seguinte slogan: ‘Confiança se Constrói’. Portanto, conquistamos e fidelizamos, ao longo desses anos, um nicho de mercado local e este está num ótimo momento”, declara Juraci Aparecido de Carvalho.DéficitSegundo Juraci Carvalho, os investimentos na construção de imóveis residenciais se deram após se perceber o déficit habitacional na capital. O perfil de imóveis chamados horizontais tem planta com 220 m² a 550 m² e oferece ao interessado uma casa moderna e ampla com três suítes, sala, cozinha, ambiente para escritório, entre outros espaços. O custo de um imóvel desse tipo fica em torno de R$ 465 mil (quatrocentos e sessenta e cinco mil reais) e todos são projetados exclusivamente para atender a classe A.O empresário Juraci Carvalho diz que a adesão ao financiamento próprio da construtora atrai 80% dos compradores, que fecham contrato direto com a empresa, onde a maioria adere ao prazo de 36 meses de financiamento. A correção das prestações é feita com base no Índice Nacional da Construção Civil (INCC). As taxas de juros variam de 6% a 7% ao ano. Ao mês, esse percentual fica em 0,5%.“A venda a médio e curto prazo de financiamentos é um bom negócio para ambas as partes. Tanto para o comprador, que, ao recebê-lo, já estará com as prestações praticamente pagas, já que a construção é imediata e a quitação ocorre nesse período; quanto para a construtora, já que inadimplência não existe”, frisa Juraci Carvalho.ApartamentosO crédito farto, de longo prazo, e o grande volume de recursos arrecadados com a abertura de capital são alguns dos fatores, na avaliação do empresário João Vicente Rios, que administra a empresa que leva o seu nome. Segundo ele, o embalo dos investimentos da construção civil, com a liberação de novas linhas de financiamento, vem sendo evidente nas regiões Norte e Nordeste do país. Sem pretensões de firmar parceiras com empresas nacionais, o empresário diz que já recebeu convites de algumas empresas, mas preferiu não citar nomes.Segundo o proprietário João Vicente, os projetos de habitação da empresa são de modelos de apartamentos para consumidores da classe A. Os negócios incluem apartamentos na casa dos R$ 180 mil a R$ 200 mil. Na lista de nomes de construções administradas pela marca na capital, há os prédios Edifício Villa Lobos, Luiz Gonzaga, Tom Jobim, Centro Empresarial Vinícius de Moraes, Condomínio Elis Regina, entre outros.Segundo Juraci de Carvalho, cerca de 30% do déficit habitacional projetado em 7,8 milhões de moradias no país estão na baixa renda. João Vicente observa que, anteriormente, não havia linhas de crédito com prazo de 30 anos e taxas de juros diferenciadas para compra desse tipo de imóvel.Otimista com os negócios de construção civil, João Vicente prevê crescimento para 2008, na faixa de 2% a 7% ao ano. “Vamos ter grandes lançamentos de imóveis, tanto de apartamentos como de casas, localizadas em condomínios fechados”, frisa o empresário.
O Estado do Maranhão

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