quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ações da Cyrela disparam com vendas 30% acima do esperado

A notícia de que as vendas da Cyrela em 2007 superaram em 30% o volume previsto está provocando uma disparada nas ações da companhia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta quarta-feira (13/2). Às 16h24, os papéis eram cotados a 24,33 reais, em alta de 8,13%. No melhor momento do dia até agora, no entanto, as ações chegaram a subir 12,4%, sendo negociadas a 25,30 reais.
Em comunicado enviado à Bovespa, a construtora afirma que as vendas no ano passado somaram 4,4 bilhões de reais, sendo que a metade desse valor foi gerado no quarto trimestre. Os lançamentos atingiram 5,4 bilhões de reais, dos quais 3,1 bilhões de reais foram realizados nos últimos três meses de 2007.
Diante desses números, a empresa revisou para cima suas projeções. Para 2008, o volume de vendas, estimado inicialmente em 4,4 bilhões de reais, foi elevado para 5,5 bilhões de reais, enquanto o volume de lançamentos passou de 6 bilhões de reais para 7 bilhões de reais. Para 2009, a expectativa é de vendas no total de 7 bilhões de reais e 8,8 bilhões de reais em lançamentos.
De acordo com a corretora Fator, a revisão nos números deve ter um impacto de 15% no valor das ações no mercado, elevando seu preço-alvo em 5 reais. Ainda sem considerar os novos indicadores, a corretora estima um potencial de valorização de 44% para os papéis da Cyrela, podendo chegar a 32,44 reais no final do ano.
“A Cyrela tem provado que tem menor risco de execução, com aumento do volume de lançamentos (VGV) e excelente performance de vendas. O indicador operacional mais importante é a velocidade de vendas dos lançamentos de 2007 e estimamos que a Cyrela vendeu 60% do volume lançado em 2007, número muito positivo dada a concentração de lançamentos no 4T07 (57% do total)”, afirma a corretora em relatório.
Na avaliação da Fator, a companhia não precisará de captações adicionais para financiar o seu crescimento no curto prazo. “A Cyrela acabou de concluir uma emissão de debêntures no valor de 500 milhões de reais e tem contratada uma linha de crédito stand-by adicional de 500 milhões.” No dia 1º de fevereiro, a construtora desistiu de realizar uma nova oferta primária de ações, em função da instabilidade no mercado acionário.

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