sexta-feira, 21 de março de 2008

Emprego na Construção Civil cresce 400% em relação a fevereiro de 2007

O resultado da geração de empregos no mês de fevereiro foi 38,4% maior do que o apresentado no mesmo mês de 2007. Foram 204.963 trabalhadores com a carteira assinada nas mãos, contra 148.019 no ano passado. Este resultado, segundo o Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, é o recorde da história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para um mês de fevereiro.
Ainda que o setor de Serviços tenha sido o que mais gerou vagas em números absolutos (74.441), a surpresa foi mesmo a Construção Civil. A alta em relação a fevereiro do ano passado foi de nada menos que 400%. Foram 27.574 postos formais criados, sob apenas 5.522 em fevereiro de 2007. Com esse desempenho, o estoque de trabalhadores na Construção Civil passa a ser de 1,6 milhão de pessoas em todo o país. – Isso só prova o que já vínhamos alertando: o setor da Construção Civil está crescendo muito no país e é sem dúvida o grande destaque na geração de empregos. Isso não é à toa. Se deve muito por conta da atuação do governo para fomentar o setor. Aqui no Ministério temos realizado várias ações desde 2007 para que o resultado seja esse. Só no ano passado, por exemplo, o Conselho Curador do FGTS proporcionou mais acesso ao crédito para a compra da casa própria. Isso leva ao aumento da demanda por imóveis e consequentemente à necessidade de mão-de- obra para construí-los, destacou o ministro. O orçamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para financiamentos em 2008 é recorde: R$ 17 bilhões. Em 2007, uma série de medidas foram tomadas pelo Conselho Curador do FGTS, presidido pelo ministro do Trabalho e Emprego, para facilitar o financiamento da casa própria: Os costistas do Fundo terão uma linha exclusiva de crédito de R$ 1 bilhão para imóveis de até R$ 350 mil (Pró-Cotista). Também ganharam o direito de usar até 80% do seu saldo para quitar financiamento de imóveis e tiveram uma redução de 0,5% nas operações de crédito de habitação popular. Os financiamentos de imóveis para a população que ganha entre R$ 3.900 e R$ 4.900 tiveram os juros reduzidos de 8% para 6,5% ao ano. Já para as obras de habitação conduzidas pelo setor público através do Pró-Moradia, a diminuição foi de 6% para 5%. A renda subiu de quatro para seis salários-mínimos a renda máxima de famílias que podem pagar até 80% do valor da prestação de imóveis residenciais com recursos do FGTS. A renda familiar máxima para financiamentos subiu de R$ 3,9 mil para R$ 4,9 mil nas capitais e regiões metropolitanas de SP, RJ, DF e das regiões Sul e Sudeste. Segundo o ministro, novos benefícios poderão ser aprovados em 2008.
– Criamos um grupo de trabalho que irá estudar e sugerir propostas para que o conselho possa beneficiar aquele que é, de fato, o verdadeiro dono dos recursos do fundo, o trabalhador com conta vinculada, concluiu Lupi.

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