quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Feira cubana rende bons negócios setor de casa e construção

Espaço organizado pela Apex-Brasil, premiado como melhor pavilhão internacional e melhor comunicação integrada, teve produtos de 25 empresas dos setores de alimentos, casa e construção, materiais de limpeza, máquinas e equipamentos, tecnologia e saúde.

O Brasil conquistou o empresário e o povo cubano, e abriu espaço para fortalecer as relações comerciais com o país. Prova disto é que, durante a 26ª Feira Internacional de Havana, as empresas brasileiras realizaram de imediato, US$ 8,9 milhões em negócios e US$ 41,7 milhões em contratos futuros. “É cada vez maior o interesse em fazer negócios em Cuba, prova disto é que no próximo ano traremos o dobro de empresas a FIHAV”, falou o presidente da Apex-Brasil Alessandro Teixeira.

Este ano, 25 empresas dos setores de alimentos, casa e construção, materiais de limpeza, máquinas e equipamentos, tecnologia e saúde participam da Feira. São firmas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

Para Teixeira, Cuba é um mercado em expansão, o maior do Caribe, com grande potencial comprador. Além disso, há uma forte aceitação do produto brasileiro.

A FIHAV é a principal feira do país, existe há mais de 25 anos e é um importante meio de introdução de produtos e serviços no mercado cubano. Anualmente estão presentes mais de 1.200 mil expositores de 30 países, que ocupam uma área de 17,3 mil m² e fecham negócios da ordem 400 milhões de pesos cubanos.

A Apex-Brasil apóia a participação de expositores do Brasil na Feira desde 2003. Na edição de 2007, as empresas brasileiras realizaram negócios imediatos na ordem de US$ 6,7 milhões, com a expectativa de geração de negócios futuros de US$ 33 milhões.

Este ano, até agosto, o Brasil exportou para Cuba US$ 335,2 milhões, um crescimento de 74%, e importou US$ 20,1 milhões. Entre os principais produtos comercializados para o país estão óleo de soja, frango, leite, açúcar, arroz, café, carne.

Estudo elaborado pela Apex-Brasil mostra que Cuba representa atualmente um mercado em expansão. Após a grave crise causada pelo fim do bloco socialista no início da década de 90, a economia cubana vem apresentando nos últimos anos taxas de crescimento elevadas. Um dos fatores que contribuem para estas altas taxas de crescimento é o direcionamento da economia cubana para o setor de serviços.

Segundo o documento, dentre o setor de serviços, os segmentos mais representativos em Cuba são o turismo e a saúde. O fluxo de turistas estrangeiros no país cresce ano a ano, chegando a aproximadamente 2 milhões de visitantes em 2006 e 2007. O comércio para turistas é um dos mais importantes nichos de mercado em Cuba, traduzindo-se em compras internacionais de produtos com alto valor agregado e preços bastante atraentes.

Com relação à saúde, esta é uma das áreas com maior fluxo de investimentos por parte do Governo cubano. Está voltada tanto para o atendimento da população cubana como para o chamado “turismo de saúde”, que vem sendo uma das vedetes do crescimento econômico de Cuba. Ainda na área da saúde, a exportação de serviços médicos para países em desenvolvimento da América Central, Caribe e África é também uma grande fonte de divisas para Cuba.

Para o Brasil, o estudo destaca as oportunidades no setor de Casa e Construção de produtos cerâmicos.

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