segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Crédito para construção civil e reforma

Os juros das linhas de crédito para construção civil e reforma existentes hoje no mercado variam de 6% a 50,9% ao ano, com base em taxas de cinco instituições financeiras que oferecem o serviço.
Com a diferença gritante entre as taxas (de até 0,5% a 3,49% ao mês) – que aumentam de acordo com o risco de inadimplência –, o ideal é o consumidor pesquisar bem antes de fazer qualquer dívida.
No Bradesco, por exemplo, as taxas para término de construção, que podem ser feitas com até 70% do valor do imóvel, são de 11,5% a 14% ao ano. O mesmo banco oferece juros de até 50,9% ao ano para financiamentos para materiais de construção, com limite de empréstimo entre R$ 500 e R$ 7.000.
“Só se deve pegar dinheiro emprestado caso a obra não seja de extrema urgência, como um encanamento que vaza e gera problemas na estrutura do imóvel”, disse o economista do Cofecon (Conselho Federal de Economia) Victor Holh.
As linhas de crédito para término de obras e reformas são principalmente destinadas à construção formiga – isto é, autogerida –, geralmente realizada por consumidores de baixa renda. “Se a pessoa pega dinheiro emprestado, é porque não têm recursos para concluir a casa própria. No entanto é justamente esse consumidor que vai sofrer mais ao pagar os altos juros.”
O setor da construção formiga representa hoje 65% do mercado da construção no País, de acordo com a Abramat (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção). “Essa representatividade torna o crédito imobiliário de extrema importância para o crescimento do setor”, disse Melvyn Fox, presidente da entidade.
Na hora de fazer as contas de quanto pagará pelo empréstimo, o consumidor precisa ficar atento ainda às tarifa cobradas pelos bancos. Elas são, por exemplo, a TAC (Tarifa de Abertura de Crédito), a 3,5% no Banco do Brasil, e 5% no Bradesco, e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 1,5% ao ano no Bando do Brasil. A TAO (Taxa de Acompanhamento de Operação) é outra delas, a 3% sobre cada parcela da operação na Caixa Econômica Federal. A Nossa Caixa cobra R$ 25 ao mês em uma tarifa de administração de contrato e uma taxa de 5% do valor financiado de Taxa de Custo Operacional.
Fonte: Gabriela GasparinEspecial para o Diário

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