sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

BNDES: construção civil terá maior fatia de investimentos

O setor de construção civil residencial é o de mais investimentos planejados para o período de 2008 a 2011, de acordo com o mapeamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a pesquisa, o setor deve investir R$ 535 bilhões no período, o equivalente a 44,1% do total previsto de R$ 1,214 trilhão do conjunto de setores abrangidos pela pesquisa.
O valor é superior ao de períodos anteriores de quatro anos, mostrando crescimento. No período de 2002 a 2005, os investimentos do setor foram de R$ 316,7 bilhões e para o período de 2007 a 2010 foram estimados pela instituição em R$ 470 bilhões.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, atribuiu esse grande investimento previsto às melhores condições de crédito imobiliário, com redução de juros e aumento de prazo; ao aumento da renda dos trabalhadores; à ampliação de programas para financiamentos de imóveis a famílias de baixa renda e à elevação dos financiamentos à construção com recursos do FGTS e da caderneta de poupança.
"O Brasil é uma das poucas economias do mundo que não experimentou um boom imobiliário, um ciclo imobiliário", disse Coutinho. "Desde a desorganização do antigo sistema financeiro de habitação (SFH) e do Banco Nacional de Habitação (BNH), lá pelos idos de 1985, já se vão 20 anos, a construção passou por um período de muita oscilação", comentou o presidente do BNDES.

Investimentos
O volume de investimentos da indústria levantados pelo BNDES para o período de 2008 a 2011, de R$ 447 bilhões, "é expressivo", de acordo com o presidente da instituição, Luciano Coutinho. A indústria de transformação tem R$ 162,9 bilhões planejados para investir nos próximos quatro anos, o que corresponderia a um aumento de 13,9% ao ano em comparação com o período de 2003 a 2006. O setor industrial com mais investimentos previstos para o período é o de petróleo e gás, com R$ 202,8 bilhões, segundo a pesquisa. Isso corresponde a uma taxa de crescimento anual de 9,9% em comparação aos investimentos do período de 2003 a 2006.
Já a indústria extrativa mineral aparece no levantamento com R$ 81,3 bilhões para o quadriênio de 2008 a 2011, com taxa de crescimento de 16,4%, valor bem maior que o de R$ 52,7 bilhões mapeados para o período de 2007 a 2010. O aumento é atribuído pelo BNDES "em boa medida" ao Novo Plano Estratégico da Vale.
O presidente do banco, Luciano Coutinho, afirmou durante a entrevista de divulgação do estudo, que o nível de uso da capacidade instalada "subiu e agora está oscilando em um patamar alto". De acordo com ele, o momento é bom, porque deflagra decisões de investimento, que, no entanto, ainda levam cerca de 18 meses para maturar. Nesse sentido, Coutinho disse que a capacidade produtiva que está sendo acrescentada agora ao parque industrial foi decidida em 2005 e 2006. "O investimento forte feito em 2007 vai estar entrando em 2009", disse.

Nenhum comentário: