quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Custo da construção em MS teve a 8ª maior alta do País

Cimento teve alta de 35% e foi o principal responsável pelo aumento no custo da construção civil
Mato Grosso do Sul teve este ano o 8º maior aumento no custo da construção civil do País, segundo mostra a pesquisa do Custo Nacional da Construção Civil, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com a Caixa Econômica Federal. Para construir uma casa básica de 50 metros quadrados, uma família precisa hoje desembolsar R$ 29.068, o que significa R$ 6,4 mil a mais que em janeiro.
O aumento acumulado em 11 meses é de 7,20% em Mato Grosso do Sul, quando a média nacional é de 5,28%. Hoje o custo de mão-de-obra e material para edificar o metro quadrado no Estado é de R$ 581,36, contra R$ 542,31 no começo do ano. Isso sem levar em conta o gasto com o terreno, um custo que também aumentou bastante com a valorização imobiliária. Essa valorização decorre de uma série de fatores e o principal deles é a urbanização que motiva investimentos em construção de casas, condomínios e reformas.

Cimento – O presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Jary Castro, afirma que a alta do cimento foi o que pressionou o orçamento da construção civil. “Primeiro o cimento sumiu do mercado, depois reapareceu com preço maior. O saco de 50 quilos que vinha sendo comprado por R$ 14,00 hoje é encontrado por até R$ 19,00”, diz. O aumento é de cerca de 35%, situação retratada recentemente em reportagem do Campo Grande News.
O reajuste salarial, que foi em março, foi na casa dos 4% e não exerceu pressão expressiva no custo da construção, segundo Castro. Ele afirma que o mercado está aquecido e as perspectivas para 2008 são positivas. Destacam-se na construção civil Campo Grande, puxada pelas obras de urbanização, Três Lagoas, onde indústrias estão se instalando, Dourados, por conta da agroindústria e Corumbá. O presidente do Sintracom, o sindicato que reúne os trabalhadores no setor em Mato Grosso do Sul, Samuel da Silva Freitas, classifica 2007 como o melhor momento da construção civil para os trabalhadores desde 1994, ou seja, em 13 anos. Segundo ele, dos 30 mil trabalhadores que o sindicato calcula existir no Estado, só não estão ocupados em empregos formais aqueles que preferem atuar como autônomos, estimados em 20% do total de profissionais. Diariamente a Funtrab e Funsat divulgam listas de empregos formais em aberto com vagas em canteiros de obras.
Fonte: Terça-feira, 11 de Dezembro de 2007 09:03 Fernanda Mathias Minamar Junior

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