terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Construção civil aquece e trabalhador recusa piso de R$ 550 na carteira

Com a indústria da Construção civil em alta, pedreiros, carpinteiros e armadores, considerados “oficiais”, não estão aceitando trabalhar com a carteira assinada com o salário de apenas R$ 550,00 previsto na Convenção Coletiva de Trabalho, em vigor até o mês de fevereiro de 2008. Eles preferem negociar um valor maior, mesmo que fiquem em situação irregular. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande, Samuel da Silva Freitas.
Preocupado com esse novo quadro ele se apressa para revertê-lo. Já esta preparando uma assembléia geral da categoria para o próximo dia 27 de janeiro, para estabelecer um novo piso salarial para negociar com os patrões para a próxima Convenção Coletiva de Trabalho, cuja data base é 1º de março.Samuel informou também que como o momento econômico é favorável para o trabalhador, que esta sendo bastante procurado não só em Campo Grande, como em cidades do interior como Três Lagoas, Dourados e Corumbá, onde a construção civil está em grande ascensão, ele, o trabalhador acaba conseguindo melhores condições salariais sem o registro em carteira. “Precisamos evitar que esse problema, que tanto combatemos ao longo dos anos, torne-se uma prática comum”, comentou Samuel dizendo ainda que essas empresas deveriam agir como algumas que acabam negociando com registro em carteira, um salário melhor, acima do piso estabelecido até o fim de abril.

Assembléia
A reunião geral dos trabalhadores na construção civil será dia 27 de janeiro na sede do sindicato (Rua Maracaju 878) às 9 horas. Haverá sorteio de brindes aos participantes. O encontro servirá não só para o estabelecimento do novo piso salarial que será reivindicado dos patrões, como também para elencar outros benefícios para a categoria. O sindicato deverá encaminhar logo em seguida as reivindicações da categoria ao sindicato patronal para começar a negociação. “Como a construção civil está bem aquecida desde o final do ano passado, não temos dúvida de que avançaremos muito este ano em nossa convenção”, afirmou Samuel.

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