quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Construção civil prevê crescimento


Nos últimos tempos, a facilidade do financiamento direto com as construtoras foi uma das grandes responsáveis pelo aquecimento na construção civil do Sul de Santa Catarina. Foi uma alternativa que as empresas encontraram para driblar a escassez de linhas de crédito para imóveis nos bancos que existia até tempos atrás. Aos poucos, no entanto, as opções de financiamento passaram a aumentar na rede bancária. Para alguns empresários da construção, será uma oportunidade para ampliar os negócios. Mas a maioria acredita que o financiamento direto vai continuar sendo a principal forma de vender casas e apartamentos no sul de Santa Catarina. "A tendência para 2008, é que o financiamento pela construtora continue em alta, já que não tem burocracia. Além disso, as taxas também são vantajosas", afirma Olvacir Bez Fontana, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Outra vantagem apontada por Fontana é a possibilidade de adequação do financiamento às necessidades do cliente e a facilidade de negociar.

Na Construtora Fontana, o empresário afirma que 95% das vendas são parceladas, e dessas a grande maioria é feita através da construtora. Para 2008, ele afirma que existe uma tendência de continuidade de crescimento nas vendas para o setor. Juros baixos e estabilidade econômica são os principais motivos apontados por ele para a boa previsão. Para a Fontana, ele projeta um acréscimo nas vendas de 15% para 2008 em relação a 2007. No comparativo entre 2006 e 2007, a empresa teve um aumento nas vendas de 30%.

Na Construtora Corbetta, o financiamento próprio também é o líder da preferência dos consumidores. Segundo João Marcelo Cardoso, gerente comercial da empresa, atualmente, 90% dos clientes optam pelo financiamento direto com a construtora. "É menos burocrático e tem sido a opção da maioria. Hoje o financiamento pelo banco está sendo feito apenas por pessoas que compram imóveis de até R$ 100 mil", afirma. No ano passado, a Corbetta registrou mais vendas à vista. Segundo Cardoso, a maioria dos compradores que pagaram à vista são pessoas que moram fora do País. E elas ajudaram a empresa a aumentar em 20% as vendas.

A Criciúma Construções também comemora 2007, quando cresceu 32% em relação a 2006. Para Rogério Cizeski, presidente da construtora, a maior oferta de crédito foi o principal fator para o desempenho. Cizeski destaca ainda a volta das atenções dos bancos para o setor imobiliário. "Nós conseguimos crescer nos dez últimos anos apenas com crédito próprio, as construtoras financiando para o cliente. Agora, o consumidor terá novas possibilidades oferecidas pelos bancos e o avanço do setor será maior", projeta.
Fonte: Rodrigo Medeiros / A Tribuna Milena Nandi

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