domingo, 13 de janeiro de 2008

FGTS vai financiar mais de 3 mil imóveis

Titulares de contas de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ainda não teriam percebido as vantagens para aquisição de imóveis nas novas condições do programa que entrou em vigor no último dia 2. A avaliação é da própria Caixa Econômica Federal em Alagoas, principal agente financeiro tanto do fundo quanto do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Pró-cotista).Segundo estimativas da instituição, somente com recursos do fundo deverão ser construídas mais 3 mil unidades em Alagoas, em 2008.

Cotistas do FGTS não estão interessados nas ofertas
“Não estamos percebendo grande procura por parte dos cotistas (do FGTS). É possível que essas vantagens ainda não estejam tão claras para eles. Já as construtoras perceberam as mudanças com o novo programa”, avalia Guido José Pereira Palmeira. “Mas, com o tempo, os cotistas devem aumentar a procura”.
A previsão se baseia também no acúmulo de cadastros pendentes na instituição, de interessados em adquirir imóveis financiados com o FGTS que, no entanto, não os encontram prontos para a faixa pretendida.

Construtoras vão cumprir melhor papel
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Judson Uchôa, explica que com as novas regras de financiamento do FGTS, as construtoras vão poder cumprir seu papel de construtoras. “É que, antes, além de construir, elas tinham de bancar as operações”, explica.
A exigência, segundo ele, vinha da diferença dos prazos de financiamento da obra e da venda: enquanto o financiamento da construção podia ser de cem meses, o imóvel só podia ser financiado ao comprador em, no máximo, trinta meses. “Havia um descompasso e essa diferença tinha de ser assumida pela construtora, que precisava ter um bom capital de giro para fazê-lo”, explica.

Pacote de incentivos reduz carga tributária
O economista Cícero Péricles lembra que em janeiro de 2006, o governo lançou pacote de incentivos à construção civil, que reduziu a carga tributária sobre o setor, com a desoneração de impostos sobre materiais de construção, via redução da alíquota do IPI, de uma lista de 28 dos principais produtos utilizados na construção de habitação popular.Na mesma medida, aprovou orçamento de R$ 18,5 bilhões com recursos do FGTS, Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), poupança e do próprio Orçamento Geral da União, e liberou recursos para a habitação popular por meio do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.

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