sábado, 5 de janeiro de 2008

Indústria da construção civil reage e deve crescer 5% em Mato Grosso

O Produto Interno Bruto (PIB) da Construção Civil em Mato Grosso deve crescer 5% em 2008, mesmo índice previsto pela Confederação Nacional de Economia para o setor em todo o país. A expectativa do Sindicato das Empresas da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT) leva em conta o incremento do número de empregos formais e do consumo de energia elétrica nas empresas do setor, além do aumento do crédito imobiliário.
Apenas nos 10 primeiros meses de 2007, a oferta de empregos na indústria de construção civil de Mato Grosso teve crescimento recorde de 238%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em novembro de 2007, último período aferido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), produzido pelo MTE, demonstraram a criação de 25,474 mil postos de trabalho entre janeiro e novembro de 2007. O saldo entre o número de admissões e desligamentos de funcionários das empresas foi superior a 4,7 mil. Nos últimos 12 meses foram criados 26,519 mil novos postos de trabalho no setor, contra um total de 20,765 mil desligamentos.
Os números positivos demonstram a primeira reação contundente do setor diante da crise de 2005, quando foram cortadas mais de 3,3 mil vagas. “Nos últimos dois anos houve uma recuperação fantástica”, destaca o consultor econômico da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo Ribeiro. Em 2006, a entidade registrou crescimento tímido de 2,475 mil postos de trabalho na área, enquanto que o saldo entre admissões e demissões apenas entre janeiro e dezembro de 2007 já chegou a 4,709 mil. O aumento nos índices de consumo de energia elétrica e de cimento no Estado também atesta o bom momento do setor. Conforme dados da Cemat, o crescimento de janeiro a outubro de 2007 foi de 6,4%, chegando a cerca de 30 KWh, sendo que o consumo registrado no mesmo período de 2006 foi de 25,645 KWh. “Os índices de consumo de cimento superam em mais de 20% o ano anterior”, destaca o presidente do Sinduscon-MT, Luiz Carlos Richter Fernandes.
Os empresários do ramo aproveitam a oferta de crédito pelos agentes financeiros, como Caixa Econômica Federal, para investir em novos empreendimentos. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Construção de Mato Grosso (Sinduscon-MT), há mais de 20 anos o mercado financeiro não aportava recursos como atualmente. “Em função da queda dos juros das aplicações e da legislação vigente, que dá segurança ao investidor, o mercado caminha para o crescimento, e o investidor ganha dinheiro mais com a produção do que com a especulação financeira e aplicações no mercado financeiro”, avalia.

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