segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Edificação Ecológica

Arquitetura sustentável tem sido um dos temas mais abordados entre arquitetos, urbanistas e engenheiros. Todos vêm discutindo o assunto em palestras, cursos e workshops tentando buscar soluções cada vez mais criativas para amenizar o impacto das edificações sobre o meio ambiente.
Algumas construtoras já propõem soluções básicas em seus empreendimentos tendo a consciência de seu papel perante a sociedade; visam como objetivo promover um bom desempenho ambiental do edifício através da sua arquitetura e atendem as exigências de clientes com preocupações com a sustentabilidade.

Veja abaixo o que já está ao seu alcance para ter o seu uso de àgua em dia com o Planeta:
1) Contrate um arquiteto que tenha conhecimento em arquitetura bioclimática. Esta não é uma especialização dentro do ensino de arquitetura, é ensinado em todas as escolas de graduação, é esperado que um bom profissional dê importância relevante a estes aspectos. A Arquitetura Bioclimática é o estudo que busca a harmonização das construções ao clima e características locais. Manipula o desenho e elementos arquitetônicos a fim de otimizar as relações entre homem e natureza, tanto no que diz respeito à redução de impactos ambientais quanto à melhoria das condições de vida humana, conforto e racionalização do consumo energético. A seguir, propostas solicitadas por estes profissionais:
2) Aquecimento solar de água. Popular entre os brasileiros, esse recurso ganhou ainda mais força quando algumas prefeituras tornaram obrigatório o uso de energia solar em sistemas de aquecimento de pelo menos 40% da água em novas edificações com quatro banheiros ou mais por unidade. O crescimento poderia ser maior se não fosse a frustração das pessoas que por desconhecimento ou falta de capacitação técnica instalaram errado o sistema. É comum encontrar coletores embaixo de árvores ou voltados para a face sul, a menos ensolarada. O caminho é procurar empresas e mão-de-obra associadas à Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Quanto ao preço, a implantação do sistema acrescenta de 0,5 a 1% do valor da obra, que se paga em até cinco anos, segundo Carlos Faria, diretor da Abrava.
3) Aproveitamento das águas de chuva e contenção de enchentes. A água captada pela calha segue para um filtro, eliminando folhas e detritos. Armazenada numa cisterna, é protegida da luz e do calor para evitar a proliferação de fungos e bactérias. Uma bomba direciona a água limpa até a caixa. O sistema da rede pública, se destina a torneiras de banheiros e cozinha e chuveiros.Enquanto a água da chuva pode ser usada para caixas de vaso sanitário,lavagem de roupas e torneiras externas. Antes da instalação, porém, recomenda-se levantar os índices pluviométricos do local e da capacidade de captação do telhado para dimensionar os equipamentos (de 3 a 5 mil reais). "O sistema de armazenamento é uma forma complementar e bem elaborada capaz de reter a água da chuva, que, quando não aproveitada para irrigação ou limpeza, é posteriormente liberada no solo por onde penetra e reabastece o lençol freático. O funcionamento é semelhante ao do "piscinão": impede a enxurrada de chegar nas ruas e no sistema de drenagem, que não comportaria o volume excessivo. ", afirma Jack Sickermann, especialista no assunto.
4) Áreas permeáveis e calçada ecológica. Muitas pessoas não obedecem ao Código de Obras das cidades que exigem áreas mínimas de permeabilidade da águas pluviais no solo (gramados e jardins) em todas as edificações. Assim que obtém a licença para usar o edifício fecham essas áreas com pisos cerâmicos para ter uma fácil manutenção. Elas esquecem que suas casas são pequenas células de um organismo chamado “cidade” e ao fazerem isto contribuem para as inundações. As calçadas com grama, são áreas intermediárias entre o público e o privado que ajudariam nesta causa.
5) Reúso da água do banho para vaso sanitário. Como fazer? Resposta: Desviar a água do ralo do box para um reservatório passando por filtros e tratamentos para depois reutilizar essa água nos vasos sanitários. Para isso muitos projetos e muitas variáveis poderão ser feitos. Essa é uma opção para uma reforma onde não se tem espaço para o reservatório de águas da chuva.
6) Torneiras economizadoras. Metais sanitários com redutores de vazão, arejadores e sensores de presenças garantem o conforto do usuário com o consumo mínimo de água.
7) Bacias sanitárias com caixa acoplada. Alguns modelos vem com duas opções de fluxo(3 ou 6 litros) rendem economia de até 60% no consumo anual.

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