sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eternit entra no mercado de louças sanitárias


O Grupo Eternit passará a atuar no mercado de louças sanitárias a partir do primeiro trimestre de 2009. A empresa também comercializará painel de placa cimentícia e miolo de EPS, sistema semelhante ao drywall. O anúncio realizado pelo presidente da Eternit, Elio A. Martins, ocorreu no dia 27 de novembro.

Segundo o presidente do grupo, a Eternit identificou uma falta de oferta de louças sanitárias no mercado brasileiro. "Estamos aproveitando uma oportunidade para entrar em novas áreas e diversificar os negócios", disse Martins. A empresa espera se tornar um dos principais líderes de mercado nos próximos cinco anos. Se o fato ocorrer, a produção deixará de ser terceirizada.

A nova área de atuação da empresa começou a ser estudada em 2007. "A produção será terceirizada, pois o investimento é baixo e poderemos analisar o segmento", afirmou Saulo Nacif, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios do Grupo Eternit. A empresa consolidada em produtos de fibrocimento não revelou seus fornecedores, mas admitiu que há empresas brasileiras e estrangeiras envolvidas.

Produção
Os produtos desenvolvidos serão destinados inicialmente para o segmento médio-luxo e o popular. Serão oferecidas peças como bacia, caixa acoplada, lavatório e coluna. Há também um modelo one-piece, bacia e caixa unificadas, que possui descarga de duplo acionamento.

A Eternit também lançou um painel de placa cimentícia e miolo de EPS para áreas internas. Direcionado para construtoras, o sistema industrializado pode já vir perfurado para instalações elétricas e hidráulicas. As placas são entregues montadas, sendo necessário fixar apenas as guias e os montantes que podem ser os mesmos utilizados pelo sistema drywall. "Pretendemos movimentar o setor de materiais de construção voltados para o steel frame, que tem apresentado um grande crescimento e aceitação no Brasil", disse Marcelo Vinhola, diretor comercial da Eternit.

Entre outros produtos lançados, estão as placas cimentícias texturizadas e com opções de cores e uma placa de telha de fibrocimento que imita a de cerâmica. "Uma única placa equivale a 32 telhas cerâmicas", informou Vinhola. "Imaginamos que as construtoras apostarão na edificação horizontal para atender a baixa renda. A produção de telhas cerâmicas é limitada", analisa o presidente da Eternit. Martins considera que essa demanda poderá compensar qualquer redução de vendas da autoconstrução, principal mercado da empresa.

A principal área de produção será na fábrica de Colombo (Paraná). No total, foram investidos R$ 9 milhões em pesquisa e desenvolvimento nos novos produtos. A Eternit estima que elevará o faturamento para R$ 1 bilhão até 2011. Neste ano, espera que os resultados estejam na casa dos R$ 700 milhões, contra os R$ 500 milhões de 2007. "Nossa política é de nos transformarmos em uma fábrica de lançamentos para a construção civil", finaliza Martins.

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