Os riscos no cenário internacional não tiram o otimismo em relação à perspectiva de a construção civil brasileira crescer ao menos 10,2% em 2008, segundo o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti. "Mesmo que a crise norte-americana se agrave, dificilmente a China diminuirá sua demanda por commodities, até por conta da Olimpíada, o que beneficia o Brasil. Além disso, a demanda da construção brasileira para 2008 está praticamente toda contratada e o PAC deverá contribuir em 45% dos investimentos do setor, estimados em R$ 180 bilhões", destacou durante seminário "Insumos da Construção: Desafios do Crescimento", realizado em 27 de março, em São Paulo.
Segundo a consultora da FGV Projetos Ana Maria Castelo, os investimentos para expansão da capacidade de produção na indústria de materiais já estão em andamento, mas exigem um espaço de tempo de 18 a 24 meses para começarem a ter reflexo na produção. "O ano de 2008 será o mais crítico, mas não visualizamos a possibilidade de uma crise de desabastecimento." IMPACTO
A economista explicou que as indústrias que fornecem os materiais da construção civil, como a siderúrgica e a de cimento, têm realizado investimentos que devem ajustar a oferta à demanda e manter o crescimento sustentado, sem causar nenhum grande impacto no crescimento do mercado imobiliário. "As principais empresas destes setores já estão se organizando e ampliando a produção", disse Ana Maria Castelo. Ela mostrou algumas pressões de custos na indústria de insumos. A CSN já anunciou aumentos entre 8% e 13% no preço do aço bruto e novos reajustes no início de junho. A Usiminas seguiu o mesmo caminho. A Vale anunciou reajustes no minério de ferro de 70%. Há a perspectiva de aumento nos contratos internacionais de carvão entre 130% e 150%. O preço de algumas commodities com o cobre no mercado externo deverá continuar em alta. O barril do petróleo continuará acima de US$ 100 em 2008 (a previsão é de que cairá para até US$ 65 apenas no fim de 2009). As tarifas de energia terão comportamento mais favorável. A mão-de-obra, responsável por cerca de 50% do custo na construção, também tem pressionado os custos setoriais.
Planejamento
O presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti, afirmou durante seminário "Insumos da Construção: Desafios do Crescimento", realizado em 27 de março, em São Paulo que a entidade está vigilante e recomendou às construtoras e à indústria de materiais que se planejem para evitar maiores descompassos entre a oferta e demanda.
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Há 4 anos
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