Segundo a indústria, o fornecimento de louças e metais sanitários está assegurado. As perspectivas são de abastecimento com folga para este ano e os investimentos já anunciados estão alinhados às perspectivas de crescimento da construção civil no médio prazo.
Roca
A empresa opera hoje com 85% de sua capacidade de produção, o que, na opinião de Eduardo Ferreira, diretor comercial da Roca, é suficiente para atender à demanda. "A indústria de louças irá suprir a demanda porque todas as empresas estão investindo, mas esse crescimento não será de uma hora para outra e, sim, paulatino." A empresa também não tem intenção de aumentar seu estoque. "A demanda está dentro do esperado." Para ele, o grande gargalo do setor é a mão-de-obra. "O processo de fabricação de louças é manual e, por isso, precisamos treinar pessoal, o que leva de seis a sete meses", afirma. Outro desafio será equilibrar os preços, apertados entre a alta do gás e o valor de mercado. "Os produtos estão num processo de queda de valor, principalmente por conta do segmento econômico. E as indústrias estão apertadas em relação aos custos, que devem subir", analisa.
Principais iniciativas:
> Nos últimos anos, investiu mais de R$ 50 milhões para modernização e construção de novos fornos e de centros de distribuição de suas quatro fábricas (Jundiaí, Vitória, Belo Horizonte e Recife)
> Investirá R$ 27 milhões para a finalização das construções e ampliações de suas fábricas. Segundo Ferreira, a empresa não se preocupa em investir apenas conforme a demanda interna, porque se houver gargalo no consumo, pode comercializar seus produtos no mercado internacional, onde está presente em 115 países
Produção atual: 11 milhões de peças/anoPerspectiva de crescimento: este ano não haverá aumento de capacidade. Para os próximos, os investimentos serão liberados conforme comportamento do mercado
Docol
O aquecimento da construção civil ainda não compromete a oferta da Docol. "Temos notado um incremento de consumo, mas se comparado ao que é noticiado na mídia, ele é muito inferior", diz Guilherme Bertani, diretor comercial da empresa. A Docol opera com ociosidade de 20% a 25% e, diante do aumento esperado de 15% da demanda para este ano, deverá fazer "investimentos normais". Isso porque a empresa, maior exportadora da América Latina, está com folga de produção. O mercado internacional também deverá impactar os preços: "há três anos, a tonelada do cobre custava US$ 3 mil; em 2006, chegou a US$ 8,3 mil; em 2007, baixou para US$ 7 mil e, neste mês, bateu recorde de US$ 8,8 mil. Esse aumento será repassado". Em média, os preços estão aumentando de 8% a 12%, segundo Bertani.
Principais iniciativas:
> Está operando com dois turnos e meio de produção. No ano passado, intensificou o segundo turno e criou um novo período de trabalho, contratando mais 200 funcionários
> Este ano, está investindo R$ 10 milhões na área de usinagem e no aumento de máquinas de tornearia
> Está investindo para reduzir os estoques intermediários do processo de produção e aumentar a velocidade de fabricação, com estimativa de melhorar a produtividade de 10% a 30%
> Em 2001, investiu na ampliação da fundição de seu parque fabril, com nova máquina de baixa pressão
Produção: 4 milhões de peças/anoPerspectiva de crescimento: 15% de aumento de capacidade para 2008
Deca
Para Raul Penteado, CEO (Chief Executive Officer) da Deca, não há perspectiva de desabastecimento, tendo em conta a produção. O único - ainda que distante - risco é conjuntural: "Se a condição mundial ficar restrita ao tamanho da crise atual, temos boas chances de passar ao longo disso", disse. Penteado também não acredita num grande aumento de preços. "O preço do cobre quase dobrou nos últimos três anos, mas foi compensado pela queda do dólar. Não existe aumento de preço onde se tem competição. Há mais de 200 fabricantes hoje!", diz. Mas se faltar gás (para produção de louças) e se o preço do petróleo aumentar, o custo, segundo ele, será repassado aos clientes.
Principais iniciativas:
> No início de 2007, deu início a um plano de investimentos de R$ 200 milhões, sendo R$ 120 milhões para expansão da produção de metais sanitários e R$ 80 milhões para louças. O montante será aplicado até 2009
> Com esse capital, ampliou a fábrica de metais em Jundiaí (SP), e adquiriu a Ideal Standard do Brasil, fabricante de louças sanitárias, por R$ 60 milhões. O negócio envolveu fábricas em Jundiaí (SP) e Queimados (RJ), garantindo uma participação de mercado de 25%, e aumentou em 40% sua capacidade de produção de metais
> Os produtos fabricados nas duas unidades adquiridas eram exportados. Nos próximos anos, no entanto, a produção será comercializada integralmente no mercado interno
Produção: 3,5 milhões de peças de louças e 14 milhões de peças de metais
Hello world!
Há 4 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário