Nem o pacote anunciado pelo governo, de R$ 18 bilhões, de novas linhas de financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para servidores públicos federais e aumento de 25% na oferta de crédito consignado da Caixa para 2009, mudou as perspectivas para o segmento.
Os recursos oferecidos pelo governo devem ser suficientes apenas para os empreendimentos já engatilhados.
"As empresas saíram correndo para comprar terrenos e faltou capital de giro, problema agravado pelo corte de crédito. Não foram bons administradores, pois não era necessário comprar tanto terreno. Isso ocorreu com grande parte do mercado", ressalta o vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), Keyler Carvalho Rocha.
Na avaliação do diretor de Relações com Empresas da Apimec-SP, Ricardo Tadeu Martins, o problema é que, com a corrida do setor pelo crescimento, a concorrência se agravou e a busca por terrenos para os empreendimentos foi antecipada. "Algumas instituições financeiras davam o empréstimo para compra dos terrenos e as empresas quitavam após a OPA. Agora esse banco de terrenos está encalhado por falta de capital" explica.
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