sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

IPO já é avaliado por varejistas

Impulsionadas pela expansão da construção civil, um grupo de 20 empresas, incorporadoras e construtoras, ingressaram na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste ano se juntando as outras oito já existentes. O movimento é acompanhado de perto por grandes redes varejistas do setor.
Na Dicico, a Ernst e Young já presta consultoria para a empresa que pretende se preparar para atingir nível de governança corporativa exigido para fazer oferta pública inicial (IPO, em inglês). "Estamos fazendo a lição de casa se levar ao IPO ótimo", revela o diretor de marketing da Dicico, Carlos Roberto Corazzin. No entanto, o executivo lembra que para abrir capital é preciso muito preparo. "Ainda não temos uma estrutura adequada para o IPO. Se acontecer, deve demorar um pouco ainda", destaca.
Atualmente, a Dicico conta com 29 unidades na Grande São Paulo, litoral e interior paulista. Já na maior rede do setor no Brasil, a C&C Casa e Construção, o assunto é descartado. "O acionista acredita que a empresa deva crescer por conta própria sem depender de recursos externos", revela o diretor geral, Jorge Gonçalves Filho, se referindo ao ex-dono do Banco Real, Aloísio Farias que detém totalmente o capital da empresa.
A C&C conta com 39 unidades em São Paulo e Rio de Janeiro. Gonçalves Filho destaca que para abrir capital é necessário preparar a estrutura com muita calma e organização. "Um IPO mal feito pode gerar prejuízos e não divisas. Esse tipo de negócio ainda é muito novo para o setor, mas quem já estiver preparado é um excelente caminho", afirma.
De outro lado, o diretor da Cassol, Rodrigo Cassol, é menos otimista. "As experiências com varejistas de outros setores na bolsa não foram tão brilhantes", lembra. A Cassol atua em Santa Catarina e Paraná com nove unidades.

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