quinta-feira, 6 de março de 2008

Preços de diversos materiais para construção estão até 10% mais caros

Quem pretende construir ou reformar a casa vai tomar um susto: os materiais de construção estão com preços até 10% mais caros. Os itens que tiveram mais aumento foram ferro, madeira, cobre, argamassa e cal. Some-se a isso um aumento de até 8% na mão-de-obra, e o consumidor terá muita dor de cabeça. De acordo com Edson Vaz, proprietário de uma loja de materiais de construção em Bauru, as altas nos preços são reflexos de um período sem aumento e do aquecimento do mercado.
Além dos materiais já citados, outro que deve sofrer aumento em breve é o cimento, principalmente por conta dos investimentos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). No entanto, Vaz ressalta que o aumento não deve ser tão significativo no cimento, mas o produto corre o risco de sumir das prateleiras nos próximos meses. “Com esse impulso, o consumo deve aumentar, mas o produto deve sumir”, disse.Outros que teveram aumento nos preços, mas não foi tão substancial, foram pisos e azulejos. De acordo com Vaz, a alta desses itens foi em decorrência do aumento do gás natural, já que muitas cerâmicas aboliram o uso do carvão e estão utilizando o gás. Com isso, a alta no combustível refletiu nos produtos, mas não foi sentida devido à grande concorrência. “Como há muitas marcas no mercado, o que foi repassado não pesou no preço final”, salientou.
Segundo o economista Carlos Sette, o aumento é reflexo do aquecimento de mercado. O problema, explica, é que a demanda tem sido maior do que a oferta, e isso gera as altas nos preços ao consumidor. “Com a liberação do crédito para materiais de construção, as pessoas estão comprando mais e os fabricantes não conseguem atender essa demanda. Com menos produtos, os preços aumentam”, salientou.
Para ele, a única possibilidade de conseguir fugir do aumento nos preços é comprar à vista e tentar descontos direto com os comerciantes. Outra hipótese é esperar até poder pagar os produtos à vista, ao invés de parcelar. No entanto, o economista afirma que quem tem urgência em reformar a casa, por exemplo, terá que pesquisar preços e achar as melhores condições.

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