quinta-feira, 3 de abril de 2008

Produção industrial brasileira aumenta pelo 20º mês consecutivo

A produção industrial brasileira cresceu 9,7% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, completando 20 meses consecutivos de expansão nesse tipo de comparação, informou hoje o IBGE.
A produção das indústrias brasileiras acumulou crescimento de 9,2% no primeiro bimestre deste ano.
"A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 6,9%, e manteve a trajetória de crescimento verificada desde abril do ano passado", segundo o IBGE.
Apesar dos indicadores positivos, o IBGE também revelou que a produção industrial caiu 0,5% em fevereiro frente a janeiro, descontadas as influências sazonais.
Essa redução fez com que o nível da atividade nas fábricas ficasse 1,5% abaixo do registrado em outubro (3,4%), quando o setor teve a maior produção da história.
Segundo o informe conjuntural da CNI divulgado ontem, a economia brasileira crescerá 5% este ano impulsionada principalmente pelo forte aumento do consumo interno (+7,5%), já que a expansão da indústria ficará em apenas 5%.
O setor teme que a forte valorização do real frente ao dólar impulsione ainda mais as importações, e que os produtos de outros países comecem a competir com os da indústria local para atender a crescente demanda interna.
O crescimento da produção da indústria do Brasil este ano, segundo a CNI, será inferior ao de 2007 (6%), que foi o maior do país desde 2004 (8,3%), e foi praticamente o dobro do de 2006 (2,8%) e do de 2005 (3,1%).
Apesar das previsões, o relatório divulgado hoje pelo IBGE mostra que a expansão da produção industrial em fevereiro frente ao mesmo mês do ano passado foi generalizada, e se estendeu a 23 dos 27 setores pesquisados, e a 65% dos produtos.
O setor que mais influenciou o crescimento industrial em fevereiro foi o de veículos automotores (24,5%), em comparação com o mês de fevereiro do ano passado.
Também foram registrados aumentos significativos na produção industrial nos setores de máquinas e equipamentos (18,9%), outros produtos químicos (12,5%), metalurgia básica (11,7%) e alimentos (5,9%).
Os produtos cuja fabricação tiveram maior expansão em fevereiro foram automóveis, caminhões, elevadores, transportadores, válvulas, torneiras, registros, herbicidas, tintas, vernizes, lingotes, placas de aço, açúcar cristal e café.

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