quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Aumentam os estoques no varejo da construção

O varejo especializado na venda de material de construção começa o ano com disposição. Depois de segurar os pedidos para a indústria de novembro até a primeira quinzena de dezembro, por conta de dificuldades de crédito junto aos fornecedores e do aumento de preço dos produtos com insumos importados, os varejistas estão não só voltando a se abastecer, mas também elevando os pedidos. "O varejo segurou as compras e desovou os estoques no final de 2008 através de ofertas para fazer caixa. Agora, as redes estão com estoques baixos e precisam repor produtos. Os executivos negociam à exaustão para conseguir bons preços", diz Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

De acordo com a entidade, os varejistas estão dispostos a aumentar os estoques em até 10% para conseguir descontos em seus pedidos. A C&C, maior rede varejista do setor, confirma a disposição do varejo para negociar maiores volumes com a indústria. E na rede Dicico, as negociações estão ainda mais agressivas. Em algumas categorias a varejista encomendou até 25% a mais do que normalmente compraria para esta época do ano. "Aumentamos o volume de compras e conseguimos boas negociações", afirma Dimitrios Markakis, presidente da empresa.

Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne com o setor da construção civil e infraestrutura para discutir medidas de incentivo a estas áreas. A principal expectativa do varejo é a redução da burocracia em financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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