O ritmo de venda de materiais de construção continua forte no Brasil. O faturamento da indústria fabricante de produtos básicos (como cimento, ferro, tubos e conexões) a produtos de acabamento (revestimento, metais e louças, entre outros) cresceu 26,9% entre janeiro e maio deste ano em relação a igual período de 2007.
Na comparação entre maio de 2007 e de 2008, a expansão das vendas alcançou 23,29%. Os dados são da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), que mensalmente divulga o índice que avalia o desempenho das vendas.
O aquecimento do setor tem pressionado os preços. A venda em maio elevou em 2,02% o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), um dos formadores do IGP da Fundação Getulio Vargas. De janeiro a maio, o INCC foi de 4,40% e em 12 meses já bateu os 8,06%.
A direção da Abramat esperava a desaceleração das vendas entre abril e principalmente maio, mas o resultado surpreendeu, revela Melvyn Fox, presidente da associação.
Segundo ele, duas fontes de recursos injetadas na economia sustentam o bom desempenho dessa indústria. O primeiro é o recurso da poupança e empréstimos para financiamento habitacional, que bateu recorde no início deste ano.
O segundo é o dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para habitação e obras de infra-estrutura.
O forte ritmo de crescimento não deve comprometer a oferta de produtos, garante Fox. Ele afirma que a indústria ainda tem capacidade ociosa de 15%, em média. Além de novos investimentos, a indústria tem cortado exportação para atender o mercado interno. O faturamento com o mercado externo caiu 21,27% de janeiro a maio deste ano sobre o mesmo período de 2007.
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Há 4 anos
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