O Sinapi, além de apontar o custo médio do metro quadrado do RN como o mais barato do país, mostrou que na região Nordeste esse índice alcançou R$ 598,66, o menor entre as cinco áreas. A região Sudeste teve o maior custo do Brasil, de R$ 684,45, sendo o Rio de Janeiro o estado mais caro: R$ 721,00. O custo médio nacional passou de R$ 637,69 em junho para R$ 644,23 no mês passado. A pesquisa leva em consideração as despesas com material de construção e o custo da mão-de-obra.
O estudo do IBGE ainda é mais abrangente: ele apresenta as variações mensais, no ano e nos últimos doze meses para a indústria da construção. De acordo com os números, o Rio Grande do Norte teve 0,65% de variação em julho, ficando em sexto lugar no Nordeste, enquanto o índice brasileiro figurou em 1,03%. No acumulado do ano, nos sete primeiros meses, o segmento potiguar variou 2,48%, o menor número do Nordeste e do país. No Brasil, esse percentual ficou em 6,36%. Já nos últimos doze meses, o índice da construção civil variou 6,23% em solo potiguar, o que deixou o estado novamente em último do Nordeste.
Para a analista do IBGE no estado, Viviane da Silva Cruz, as variações do Rio Grande do Norte no Sinapi mostram que, além de as despesas com materiais estarem mais baratas, os acordos coletivos com os trabalhadores, responsáveis pela variação no custo da mão-de-obra, só serão realizados no segundo semestre, o que acaba por diminuir o índice do estado na pesquisa. Segundo Viviane, o estudo é feito em campo, mensalmente, e os técnicos fazem a pesquisa através de um catálogo de insumos utilizados na construção e um cadastro de empresas.
A pesquisa dos insumos inclui desde areia e argamassa, até piso e vários outros materiais usados no processo de construção, seja de uma casa, prédio comercial ou esgotamento sanitário. Depois de coletados, os dados são encaminhados ao Rio de Janeiro, onde são consolidados. Mas a analista destaca que itens importantes não entram no estudo do Sinapi, como os índices de oferta, demanda, custo do terreno e a localização do imóvel.
A elaboração de projetos e serviços topográficos, mobilização e desmobilização de canteiro, ligações definitivas de água, energia elétrica e esgoto sanitário, além de instalações provisórias de canteiro de obras, impostos, encargos com administração e equipamentos como elevadores e extintores de incêndio também não estão inclusos na pesquisa. Perguntada se o estudo não seria um tanto superficial, ela responde que o Sinapi foi criado para servir de parâmetro para projetos levados ao governo federal.
Viviane ainda explica que o custo médio do metro quadrado, conferido pela pesquisa ao RN como o mais barato do país, é uma média entre todos os projetos de construção desenvolvidos no estado. Na opinião dela, seria preciso analisar cada projeto para então apontar o custo real. ‘‘Nós temos mais de 15 mil especificações de projetos e cada um tem um custo diferenciado. Esse que o IBGE costuma divulgar é uma média’’, aponta.
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Há 4 anos
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